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11 de abr. de 2024

Lembra quando o Somália fingiu um sequestro no Botafogo?

A ideia para inventar uma desculpa para o atraso: mobilizar seu clube e até a polícia do Rio de Janeiro

por

PELEJA

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Ameaças, armas carregadas, pavor, roubo de joias. Um jogador do futebol brasileiro passou por tudo isso antes de um treino, e o momento de perigo aconteceu…mas só na cabeça dele. No texto de hoje o PELEJA te lembra a desculpa mais absurda já usada para faltar a um treino.


Janeiro de 2011. O Botafogo iniciava mais uma temporada e, em um dos primeiros treinos, uma baixa. Somália, volante que estava se destacando na carreira, não apareceu no horário marcado, deixando comissão técnica e jogadores preocupados. Algumas horas depois acontece uma ligação do jogador.


“Estou bem, não apareci porque fui sequestrado.”


O clube rapidamente informou à imprensa e aos torcedores o ocorrido: 


Foto: Botafogo / Twitter 

Aos policiais, o jogador disse que ficou por duas horas dominado pelos bandidos, e que um deles tinha uma arma. Mas ele não se recordava da cor. Horas depois, disse que havia lembrado. A cor da pistola era preta. 


Joel Santana, treinador na época, ficou preocupado com o ocorrido e queria entender melhor o que estava acontecendo. A polícia estranhou os detalhes dados por Somália. Alguma coisa estava errada. Foi então que decidiram iniciar uma investigação, que durou apenas 2 dias. Bastou ir ao prédio do jogador e pedir as imagens de segurança. Elas mostram Somália tranquilão, numa boa, vagando pelo condomínio exatamente no horário que disse ter sido mantido refém. 


A polícia do Rio de Janeiro concluiu o caso quando ligou para o Botafogo perguntando se Somália tinha algum motivo para mentir sobre sua falta num treino. O clube respondeu que sim: grana. Naquela época, havia uma multa de 40% do salário para jogadores que faltassem. 


No dia seguinte, depois de revelada a farsa, o jogador deu uma entrevista arrependido.


Somália foi advertido pelo clube e também condenado a pagar R$22 mil destinados a vítimas de deslizamentos de terra por conta das fortes chuvas de verão no Rio de Janeiro. Além, é claro, de ter que ouvir muito do Papai Joel, treinador que não deixou de pegar no seu pé depois disso.



O caso é lembrado por muitos como uma das maiores desculpas dadas para se faltar de alguma coisa, e foi usada como piada por muita gente na época. É como diz o velho ditado: tem coisas que só acontecem com o Botafogo.


Foto: Reprodução. 


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